Povo Xokleng comemora votação do STF que derrubou marco temporal

Geral

22/09/2023 - 10:48:32 | 2 minutos de leitura

Povo Xokleng comemora votação do STF que derrubou marco temporal

Um profundo sentimento de alívio. Assim os Xokleng da Terra Indígena Laklãnõ, em José Boiteux, no Alto Vale do Itajaí, se manifestaram sobre a votação no Supremo Tribunal Federal (STF) que derrubou a tese do marco temporal. Depois de dois dias de mobilização, quando acompanharam a votação da Corte, os indígenas comemoraram o resultado que reconhece sua história secular e não a data de 5 de outubro de 1988, quando foi promulgada a Constituição Federal. Como nem todas as pessoas têm TV em casa, as direções das duas escolas montaram telões. Ônibus escolares ajudaram a transportar a família Xokkeng. Especialmente os mais idosos, já que os mais jovens e as principais lideranças estavam em Brasília.

O professor da Escola Indígena de Educação Básica Laklãnõ, Abraão Kovi Patté, resumiu o sentimento de quem há meio século participa da trajetória: — A gente comemora em nome de quem lutou no passado e hoje e está em Brasília também. Mesmo os que já se foram são

Eram 15h10m, quando gritos, aplausos e cantos tomaram conta do local, no momento em que o ministro Luiz Fux acompanhou o voto do relator Edson Fachin: estava formada a maioria por seis votos a dois. Ainda assim, os Xokleng seguiram acompanhando os votos dos demais ministros. Mas foi impossível segurar a juventude que correu para o pátio da escola. Os Xokleng também soltaram fogos. Em seguida teve lanche (galeto e pão).

A ação do marco temporal teve origem no Estado de Santa Catarina através do Instituto do Meio Ambiente em relação à reserva do Sassafrás. Se o marco temporal fosse aceito, impactaria em cerca de 270 indígenas em todo o país devido ao que é juridicamente conhecido como marco temporal.

Fonte nsc/  Foto: Ângela Bastos/DC