Presidente da FIESC, Mario Cezar de Aguiar, manifesta preocupação do setor empresarial com situação da rodovia
10/03/2023 - 16:20:52 | 2 minutos de leitura
Um quadro realista da situação de rodovias para a economia de Santa Catarina, com maior destaque para a BR-280 no trecho entre o porto de São Francisco do Sul e Jaraguá do Sul, foi apresentado pela Federação das Indústrias (FIESC) nesta quarta-feira (8), durante reunião de lideranças na sede da empresa ArcellorMittal Vega.
De acordo com os dados do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT), expostos em estudo que a FIESC detalhou, a duplicação do trecho de 74,5 quilômetros entre São Francisco do Sul e o acesso à Corupá, incluindo o contorno de Jaraguá do Sul e Guaramirim, precisa de R$ 920 milhões para ser concluída.
Para o presidente da FIESC, Mario Cezar de Aguiar, a situação é preocupante. "A BR-280 é um dos eixos estratégicos para o desenvolvimento catarinense. Santa Catarina tem na indústria o seu grande vetor de desenvolvimento e precisa de uma infraestrutura adequada para crescer. O custo logístico é um componente importante na composição de preço de um produto. Se temos uma rodovia na condição que está, certamente há incremento no custo logístico da região. Então há perda de competitividade", afirmou. Ele destacou ainda que em um raio de 50 quilômetros do entorno da rodovia estão localizados 45 mil estabelecimentos que empregam 506 mil trabalhadores. O volume de comércio é de US$ 13 bilhões em 2022 - o equivalente a 25% do PIB de Santa Catarina. Além disso, na região a população é de 1,6 milhão de habitantes.
O estudo foi detalhado pelo engenheiro Ricardo Saporiti, que percorreu o trecho para vistorias do andamento da obra, contratada em 2014 a um valor inicial global de aproximadamente R$ 1 bilhão e com precisão de estar pronta em 2018. O valor remanescente estimado contempla os lotes 1 (R$ 300 milhões), 2.1 (R$ 110 milhões) e 2.2 (R$ 510 milhões), exceto a travessia do Canal do Linguado que sequer tem uma definição mais clara quanto ao que será feito.
Marcelo Campos, gerente de logística da ArcellorMittal Vega, lembrou que a infraestrutura logística da região é praticamente a mesma desde antes do início das operações da empresa, em 2003. "Algo precisa ser feito com urgência, pois com a atual expansão da atividade econômica na região, estamos na iminência de vivenciar um colapso logístico", completou.
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