À Justiça, TCDF defende gratificação milionária para conselheiros
Política
07/01/2025 - 10:59:00 | 3 minutos de leitura

O presidente do Tribunal de Contas do Distrito Federal (TCDF), Márcio Michel, respondeu à intimação da 8ª Vara da Fazenda Pública do DF sobre o pagamento da gratificação, com efeito retroativo para os integrantes da Corte de Contas e procuradores do Ministério Público de Contas (MPC). A medida foi aprovada em 11 de dezembro de 2024 e os benefícios aprovados eram de R$ 14 mil por mês. Considerando o retroativo, alguns integrantes receberam R$ 1 milhão. O benefício, aprovado pelo próprio tribunal, refere-se à “acumulação de acervo processual, procedimental ou administrativo” e é calculado desde 2018. O caso foi parar na Justiça, após uma ação movida pelos advogados Elda Mariza Valim Fim e Fábio Henrique de Carvalho Oliva, que pediam a suspensão da gratificação. Nos autos, o presidente do TCDF argumentou que não houve dano à moralidade administrativa ou ao patrimônio público com a aprovação do pagamento. “Como será demonstrado, o ato combatido não possui nenhum vício, tendo sido fundamentado exaustivamente pelas Unidades Técnicas que instruíram o feito, aplicando-se a legislação e o entendimento jurisprudencial e administrativo sobre o tema”, escreveu. Márcio Michel ainda argumentou que o Tribunal de Contas do Estado de Rondônia também aprovou o pagamento retroativo do benefício. Além disso, ele defendeu que houve publicidade da aprovação do benefício, uma vez que “a Sessão conta com acesso franqueado aos cidadãos, seja no sítio eletrônico do TCDF, seja no canal oficial do YouTube”. Depois da manifestação do TCDF, o processo segue para análise do Ministério Público do DF e Territórios (MPDFT). Enquanto o processo tramita, o pagamento da gratificação segue válido. A coluna Grande Angular, revelou que a Corte de Contas pagou um total de R$ 5,8 milhões de gratificação, contando com os valores retroativos. O conselheiro Inácio Magalhães foi o que recebeu o pagamento mais alto, de R$ 1,2 milhão. O procurador-geral do MPC, Demóstenes Três Albuquerque, teve a segunda cifra mais gorda, de R$ 1 milhão: R$ 998,7 mil a título de gratificação, e R$ 2,09 mil como parcela indenizatória eventual. O TCDF também pagou R$ 893,5 mil à conselheira Anilcéia Machado e R$ 657,2 mil para o conselheiro Paulo Tadeu. O presidente da Corte, Márcio Michel, recebeu R$ 498,4 mil. Manoel Andrade, eleito próximo presidente do tribunal, teve gratificação de R$ 360,8 mil. Os conselheiros do TCDF e procuradores do Ministério Público de Contas têm salário de até R$ 44 mil, valor estipulado como teto constitucional. A gratificação, porém, não é creditada como salário; por isso, não está submetida ao limite previsto na lei.
Mais Política
- 04 AbrMoraes nega pedido para prender BolsonaroLEIA MAIS
- 01 AbrLançado, pela Câmara de Vereadores de Jaraguá do Sul, aplicativo que aproxima a comunidade e o legislativoLEIA MAIS
- 31 MarGoverno Lula vai mandar WhatsApp a ladrões exigindo devolução de celulares roubadosLEIA MAIS
- 26 MarLula quer recuperar US$ 6 bilhões do comércio com o JapãoLEIA MAIS
- 25 MarEduardo Bolsonaro ataca Moraes e diz que pai 'não vai se livrar de uma condenação’LEIA MAIS
- 22 MarGleisi avalia que inflação não está “absurdamente” fora da metaLEIA MAIS
- 07 MarCentrão avalia que Lula perdeu “timing” da reforma ministerialLEIA MAIS
- 16 FevUnião Brasil oficializa convite para Lunelli se filiar à sigla e ser candidato a governador de SCLEIA MAIS
- 31 JanDeputada Rosângela Moro vai apresentar projeto para quebrar sigilo de JanjaLEIA MAIS