Aviões, carros de luxo e itens de grife: Operadores do PCC movimentavam mais de R$ 100 mi por ano

Segurança

15/09/2023 - 09:13:04 | 2 minutos de leitura

Aviões, carros de luxo e itens de grife: Operadores do PCC movimentavam mais de R$ 100 mi por ano

Dois operadores financeiros do Primeiro Comando da Capital (PCC) entraram na mira do Ministério Público de São Paulo (MP-SP) com movimentações de mais de R$ 100 milhões por ano. Eles são apontados como líderes dos principais núcleos de lavagem de dinheiro da facção.

Marcos Roberto de Almeida, conhecido como 'Tuta', foi preso preventivamente, na segunda fase da Operação Sharks. Odair Lopes Mazzi, o 'Dezinho', já havia sido preso em julho, em um resort de luxo em Pernambuco. Os dois levavam uma vida de nababesca. A rotina era de viagens internacionais em aviões privados, carros de luxo, mansões e roupas e assessórios de grife. Os investigadores apreenderam planilhas detalhadas sobre a contabilidade da facção. A movimentação global da organização criminosa ultrapassaria R$ 1 bilhão por ano, segundo o MP.

A investigação mira o alto escalão da facção. O Ministério Público de São Paulo, por meio do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), vem tentando sufocar as finanças da organização. A estratégia é tentar descapitalizar o grupo por meio da apreensão de bens, do bloqueio de contas bancárias e do cerco aos 'laranjas' e empresas de fachada usadas para lavar o dinheiro do tráfico."O interesse das investigações é por contas bancárias, cartões e escriturações da imóveis", afirmou o procurador-geral de Justiça de São Paulo, Mario Sarrubbo, em entrevista coletiva mais cedo.

A segunda fase da Operação Sharks também envolveu o cumprimento de 20 mandados de busca e apreensão em São Paulo, na Baixada Santista e na Bahia. Os policiais apreenderam armas e munições, 35 relógios, celulares, computadores, documentos e dinheiro (R$ 65.629, além de 2 mil euros, 4 mil dólares e 9 mil pesos argentinos).

Fonte Terra/ Foto: MP-SP