Caso Miguel: mãe e madrasta são condenadas a mais de 50 anos de prisão

Em Foco

09/04/2024 - 12:48:00 | 2 minutos de leitura

Caso Miguel: mãe e madrasta são condenadas a mais de 50 anos de prisão

A mãe e a madrasta do menino Miguel dos Santos Rodrigues foram condenadas a mais de 50 anos de prisão nesta sexta-feira (5), após dois dias de julgamento. Elas foram condenadas pelos crimes de homicídio triplamente qualificado (motivo torpe, emprego de meio cruel e recurso que dificultou a defesa da vítima), tortura e ocultação de cadáver. A morte de Miguel aconteceu em julho de 2021, quando ele tinha 7 anos, no município de Imbé, no Litoral Norte do Rio Grande do Sul. Segundo a acusação, a mãe e a madrasta do garoto o torturavam com agressões físicas e psicológicas. O motivo da morte seria porque Miguel era considerado um estorvo para a relação das duas. Yasmin Vaz dos Santos Rodrigues, mãe de Miguel, foi condenada a 57 anos, 1 mês e 10 dias de prisão. Já a madrasta Bruna Nathiéle Porto da Rosa pegou pena de 51 anos, 1 mês e 20 dias. Cabe recurso, mas as duas, que já estão presas, não poderão recorrer em liberdade. A sentença foi dada pelo Conselho de Sentença do Tribunal do Júri da Comarca de Tramandaí, composto por cinco jurados e duas juradas, que acolheram a denúncia do Ministério Público. Segundo o Ministério Público, Miguel foi morto pelo casal na madrugada de 29 de julho de 2021 depois de ser torturado. O corpo da criança teria sido colocado em uma mala de viagem e arremessado no rio Tramandaí, e nunca foi encontrado. O júri teve dois dias de duração. Foram ouvidas seis testemunhas, incluindo o delegado que coordenou as investigações sobre o desaparecimento de Miguel, policiais militares e civis que atuaram no caso e pessoas que conheceram as rés no período em que elas moraram no Litoral. Yasmin e Bruna também foram interrogadas, e apresentaram versões diferentes, trocando acusações. Segundo a mãe de Miguel, a morte foi acidental, depois de ela ter batido nele por ter evacuado nas calças e tê-lo medicado por conta própria - o remédio seria o antidepressivo fluoxetina. Yasmin assumiu que ocultou o cadáver, mas argumentou que só fez isso porque ninguém acreditaria na sua versão.

Fonte: IG Notícias
Foto: Juliano Verardi – DICOM/TJRS