Deputados derrubam veto e projeto que garante pensão por autismo severo vira lei

Política

16/12/2022 - 07:36:02 | 2 minutos de leitura

<strong>Deputados derrubam veto e projeto que garante pensão por autismo severo vira lei</strong>

 O Plenário da Assembleia Legislativa rejeitou o veto do  Poder Executivo ao Projeto de Lei  n° 361/2021, que estabelece a concessão de pensão no valor de um salário mínimo a pessoas de baixa renda com autismo de nível 3, o mais  severo. A votação ocorreu nesta quarta-feira, 14.  Com a decisão, a proposta de autoria do deputado estadual Dr. Vicente Caropreso (PSDB) deverá ser sancionada pelo governador. Caso contrário, voltará ao Legislativo, onde será promulgada pelo presidente da Alesc.

 Dr. Vicente agradeceu o apoio dos deputados e das várias entidades e câmaras de vereadores que manifestaram apoio à proposta. “Agora é lei. É uma grande vitória. Estamos fazendo justiça social. A concessão da pensão será uma importante contribuição para as famílias que vivenciam a fragilidade e todo o contexto do Transtorno do Espectro Autista de nível severo.”  A proposta altera a lei estadual 17.428/2017,  incluindo  o autismo  de nível 3, considerado o mais severo, no rol de doenças por deficiência  cabíveis de pensão paga mensalmente pelo Estado. Hoje a medida abrange a deficiência intelectual grave ou profunda, hanseníase e a doença hepidermólise bolhosa.  Para ter direito, a renda familiar não pode ultrapassar dois salários mínimos e o beneficiário deve residir no estado há pelo menos dois anos.

Conforme dados do governo catarinense, 2,4 mil educandos com diagnóstico de autismo nível 3 estão matriculados nos Centros de Atendimento Educacional Especializados – CAESP, que envolvem Apaes e Amas.

A  pessoa com autismo grave tem déficit elevado das habilidades de comunicação e de sociabilidade, o que resulta não só em incapacidade laboral, como restringe sua efetiva participação social, conforme explica Dr. Vicente.

 “Estamos falando de pessoas que são bastante dependentes de seus familiares e necessitam de suporte constante durante toda a vida. A mãe ou o pai precisam abrir mão de trabalhar para cuidar desse filho ou filha e o tratamento envolve equipes de saúde multidisciplinar, o que impõe uma série de outros custos que são elevados”.