Jaraguá do Sul chega a 54 hortas comunitárias em 22 bairros

Criado em 2017, Programa Germinar é uma das mais bem sucedidas da Secretaria de Desenvolvimento Rural e visa propiciar à comunidade alimentação saudável sem uso de agrotóxico.

Alimentação saudável sem uso de agrotóxico e ainda estreitar as relações entre vizinhos da mesma comunidade. Esses são os principais objetivos das hortas comunitárias do Programa Germinar que foi criado há mais de meia década pela Secretaria de Desenvolvimento Rural e Abastecimento da Prefeitura de Jaraguá do Sul.

De acordo, com o próprio secretário de Desenvolvimento Rural, Marcos Voltolini, recentemente o programa chegou a marca de 54 hortas ativas espalhadas por 22 bairros jaraguaenses. “Nessas 54 hortas, 518 famílias participam, ou seja, temos mais de 2000 pessoas envolvidas neste trabalho”, observou. “Só nesses primeiros meses deste ano quase 87.000 mudas de hortaliças foram produzidas e distribuídas a estas famílias.”

Para Voltolini, os munícipes que atuam nas hortas comunitárias também se beneficiam do exercício, da luz do sol, bem como do alívio do estresse. “Aprendem como as plantas crescem e têm uma atividade de cuidado dessa plantação o que traz novos estímulos, tanto físicos quanto mentais.”

Um exemplo é a aposentada Teresinha Celiberti, moradora da Barra do Rio Cerro. Sempre que pode ela vai logo cedo lidar no seu canteiro, seja no manejo da terra ou regando as hortaliças que se desenvolvem na horta da Rua Maria Alves de Salles, uma das mais recentes implantadas na cidade. “Para mim é muito importante. Na verdade, não só para mim, mas gostaria que todos pudessem plantar sua própria verdura. Afinal, no mercado está tão caro qualquer pezinho de salada. Sem falar que lidar na horta tira muito o estresse da gente. Gosto muito de plantar. Algumas alfaces que cultivei aqui já levei para as vizinhas. Beterraba mesmo é muito bom para quem sofre de anemia. Verdura sem agrotóxico é muito saudável”, receita, bem-humorada.

Um dos vizinhos de Teresinha, Albertone Matias, foi um dos que encampou o movimento de transformar um antigo terreno da Prefeitura em mais uma horta para as famílias da comunidade cultivarem. “Isso aqui era um espaço ocioso, era um matagal só e que ainda costumava alagar nos tempos chuvosos. Sem contar que dava muito inseto, rato e aranha. Até cobra apareceu por aqui. Foi dada ideia então de se fazer uma área de lazer aqui, tipo um parquinho, mas depois de alguma discussão optamos pela horta mesmo”, relembrou Matias que há 30 anos mora na Maria Alves e, como Teresinha, não se arrepende da escolha feita. Hoje, segundo ele, 15 famílias plantam, cultivam e colhem naquele espaço.