Mudança do estilo de vida e poluição aumentam casos de alergia

Saúde

09/06/2023 - 09:16:52 | 2 minutos de leitura

Mudança do estilo de vida e poluição aumentam casos de alergia

Especialistas apontam que a mudança do estilo de vida da população e o aumento da poluição estão fazendo casos de alergia e intolerância a alimentos crescerem no mundo. No Brasil, a preocupação com os diagnósticos ganhou destaque após episódios recentes, como um influenciador que morreu depois de comer camarão no Rio Grande do Norte e uma jovem de Goiás que precisou ser internada na UTI ao ter uma reação grave ao cheirar pimenta.

A paranaense Jhenifer Matos, de 30 anos, precisou levar o filho Murilo, hoje com 6 anos, diversas vezes ao hospital durante os primeiros meses de vida. Murilo tinha crises de asma, anafilaxia e dermatite. Mas demorou 7 meses para que os médicos o diagnosticassem com intolerância a leite.

Em abril, o influenciador digital Brendo Yan da Silva, de 27 anos, morreu após uma reação alérgica ao comer um bolinho de camarão em Natal. Ele não sabia qual era o recheio do salgado. Brendo tomou um antialérgico ao começar a passar mal, mas o remédio não foi suficiente e ele teve uma parada cardiorrespiratória. No mesmo mês, a senadora Soraya Thronicke foi internada em Brasília, após uma crise alérgica grave.

Em fevereiro, a goiana Thais Medeiros teve uma lesão cerebral irreversível após falta de oxigênio ao cheirar uma pimenta em conserva durante um almoço em família. Ela ficou na UTI por quase dois meses. A jovem já havia sido diagnosticada com crises alérgicas, mas nunca havia tido reação a pimenta.

A alergista pela USP Ana Paula Castro afirma que episódios como esses estão cada vez mais frequentes. A médica cita que o leite, o ovo, o trigo, a soja, os frutos-do-mar, o amendoim, as castanhas e o gergelim são os principais alimentos a causar alergias. Ela afirma que parte dessas intolerâncias tem chance de curas, principalmente com a chegada da adolescência e da vida adulta. Ela explica que as alergias alimentares são relacionadas à perda da tolerância imunológica. Ao longo do crescimento dos jovens, essa capacidade de resistência pode ser desenvolvida e a alergia sumir.

CBN/Foto Pixabay