Quem era jovem morto pela polícia que desencadeou protestos na França

Mundo

30/06/2023 - 09:26:44 | 2 minutos de leitura

Quem era jovem morto pela polícia que desencadeou protestos na França

O assassinato de Nahel M., de 17 anos, provocou tumultos em várias cidades da França, bem como na cidade de Nanterre, a oeste de Paris, onde ele cresceu.

Filho único criado pela mãe, ele trabalhava como entregador de comida e jogava rúgbi. Ele estava estudando em Suresnes, não muito longe de onde morava, para se formar como eletricista. Aqueles que o conheceram disseram que ele era muito querido em Nanterre, onde morava com sua mãe Mounia, e aparentemente nunca conheceu seu pai.

Pouco depois das nove da manhã de terça-feira, ele morreu após ser baleado no peito, à queima-roupa, ao volante de um carro Mercedes por fugir durante uma fiscalização de trânsito da polícia. "A recusa em parar não lhe dá licença para matar", disse o líder do Partido Socialista, Olivier Faure. "Todos os filhos da República têm direito à justiça. “Com estas palavras, o presidente da França, Emmanuel Macron, reagiu na quarta-feira (28/6) à notícia da morte do jovem. O presidente pediu "calma para que a justiça seja feita".

No entanto, a França registra há dois dias protestos violentos na cidade onde o adolescente morreu e em outros locais do país. A mídia francesa informou que algumas pessoas que queriam participar da marcha temiam que mais violência ocorresse. Uma mulher disse que foi porque o incidente a fez questionar o quanto ela poderia confiar nas autoridades.

Nahel passou os últimos três anos jogando pelo clube de rúgbi Pirates of Nanterre. Ele fazia parte de um programa de integração para adolescentes com dificuldades na escola, administrado por uma associação chamada Ovale Citoyen. O programa visava levar pessoas de áreas carentes para o aprendizado e Nahel estava aprendendo a ser eletricista.

O policial que atirou e matou Nahel já foi indiciado por homicídio doloso. O advogado de Nahel, Yassine Bouzrou, disse que a impunidade dos policiais na França é parte do problema.

Fonte BBC Brasil/CRÉDITO,REUTERS